Como podemos ler no título, a heroína desta história é uma bibliotecária. Mas Dita não é uma bibliotecária qualquer, daquelas que se encontram em qualquer biblioteca, rodeada de estantes de livros. Não, Dita é a bibliotecária do Bloco 31, um dos muitos barracões existentes no campo de concentração de Auschwitz. Mas este barracão é diferente de todos os outros, pois ao entrarmos lé dentro não encontramos beliches e pessoas moribundas, mas sim crianças a aprender, como se as suas vidas não tivessem dado uma volta de 180 graus e elas não estivessem sido privadas da sua liberdade e do seu futuro. Surpreendentemente, foi possível, graças à grande pessoa que foi Fredy Hirsch, criar uma escola dentro daquele campo de morte. E é nesta escola improvisada, onde os lápis são construídos a partir de paus de madeira e o papel é escasso, que Dita executa a sua função de bibliotecária, tendo à sua guarda apenas 8 livros, escondidos num alçapão, porque em Auschwitz possuir um livro, seja ele qual for, é uma sentença de morte. Estes livros, apesar de serem “apenas” oito e de estarem velhos, com a capa e as folhas descoladas, eram o tesouro de Dita, por isso ela os guardava e os tratava com tanto carinho e cuidado, para que os guardas das SS não os descobrissem, pois isso, para além de ser a sua sentença de morte seria também a morte da infância de todas aquelas crianças, cerca de 300, que deixariam de ter um lugar onde serem elas próprias e de sentirem que tinham uma vida normal.
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