Quando chegou a casa, a Carlota estava muito desanimada. O dia tinha corrido muito mal. A professora ralhou com ela porque tinha feito erros no ditado,a Ana (a melhor amiga) também discutiu com a Carlota , porque queriam brincar a coisas diferentes. Em casa, a mãe não lhe perguntou como tinha corrido o dia e o pai ainda não tinha chegado a casa.
Como é possível um só dia correr tão mal? Deitada em cima da cama, a Carlota pensava; pensou tanto que adormeceu e sonhou. Sonhou que era uma princesa linda, com um vestido cor-de-rosa fantástico, mas que vivia sozinha no castelo.
Que coisa estranha!
Não havia ninguém no castelo. Saindo do castelo, a Carlota percorreu o reino todo, à procura de alguém. Nada. Finalmente ouviu um barulho perto de uma árvore. Quando foi ver o que era, descobriu uma raposa deitada, a descansar.
“Viva” disse a raposa. Nesta altura, a Carlota nem achou estranho que uma raposa falasse. Ela queria era que alguém falasse com ela. “Viva” respondeu a Carlota. “Onde está toda a gente?” “Por aí” respondeu a raposa.
Olhando à sua volta, a Carlota não viu ninguém e foi mesmo isso que respondeu. “Não sabes o que aconteceu? Por onde tens andado?”. “Por aí” respondeu a Carlota. “Então não sabes que uma bruxa fez um bruxedo neste reino e todas as pessoas estão invisíveis? Estão todos por aí, mas ninguém consegue ver os outros”.
“E agora?”, pensou a Carlota “Como vou resolver este problema?”. “O melhor é procurares a bruxa” disse a raposa, como se tivesse lido o pensamento da Carlota. A raposa resolveu ajudar a Carlota e lá partiram as duas. Ao fim de muito andar, lá encontraram uma casa, meio abandonada, muito suja e mal arranjada. Era ali que morava a bruxa.
A Carlota resolveu entrar e a raposa disse-lhe que esperava por ela à porta da casa. Se a bruxa chegasse, a raposa faria barulho para avisar a Carlota. A Carlota entrou na casa e fartou-se de procurar. Mas, procurar o quê? Não sabia o que procurar. Voltou a sair. “Mas o que é que eu tenho que procurar na casa, para trazer as pessoas todas de volta?”. “Bem”, respondeu a raposa, “tal como as fadas têm uma varinha mágica, as bruxas também têm uma; mas a das bruxas é um pau muito torto e muito escuro. Tens de encontrá-la e parti-la. Assim a bruxa perde toda a magia e as pessoas deixam de ser invisíveis”
A Carlota voltou a entrar na casa e procurou, procurou, procurou, mas não encontrou nenhuma varinha. Entretanto, quando espreitava debaixo da cama, ouviu a raposa a fazer barulho. Isso queria dizer que a bruxa estava a chegar. Muito rapidamente, a Carlota escondeu-se debaixo da cama. A bruxa entrou em casa e foi direta ao quarto. Sentou-se em cima da cama, descalçou-se e colocou a sua varinha em cima da mesa da cabeceira. Depois disto, deitou-se na cama e adormeceu. Ao fim de 10 minutos, para ter a certeza que a bruxa estva realmente a dormir (e a ressonar bem alto), a Carlota saiu debaixo da cama e levantou-se. Viu logo a varinha, agarrou-a e saiu a correr de casa.
“Já a tenho” disse à raposa. “Ótimo, agora já sabes o que tens de fazer”. Saindo muito rapidamente dali, não fosse a bruxa acordar e dar pela falta da varinha, voltaram para o castelo. Já em segurança em sua casa, a Carlota partiu a vara. De imediato, surgiram os seus pais, os seus amigos, até a sua professora. A Carlota ficou tão contente que recompensou a raposa: a partir daquele dia ficava a viver no palácio.
E com isto, a Carlota acordou. Estava tão bem disposta que resolveu esquecer que o seu dia não tinha sido bom; se calhar também tinha sido uma bruxa que lhe tinha feito um feitiço que tinha sido quebrado pelo seu sonho.
Que história tão encantadora! Adorei ler
ResponderEliminarGostei muito de ler esta hsitória!
ResponderEliminarÉ linda!
Adorei.Não tenho palavras para descrever.
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