Um livro que merece a nossa atenção …
" UMA QUESTÃO DE AZUL-ESCURO " é um título feliz para um livro que fala da infelicidade que resulta da humilhação, da agressão imprevisível e covarde, enfim, da violência contra um ser indefeso.
" UMA QUESTÃO DE AZUL-ESCURO " é, pois, uma questão séria, que a Autora levanta, muito oportunamente, ao leitor de todas as idades, a cada um de nós.
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A história do Luís que dá vida às páginas deste livro é, em certa medida, a história de todos os que já fomos desrespeitados, assaltados, maltratados, humilhados - num parque, jardim ou rua da cidade; numa estação ferroviária, no recreio de uma escola…
O Luís a que Margarida Fonseca Santos deu alma é uma voz à procura de quem a oiça, mas, por ser uma «voz silenciosa», só um coração atento e sensível poderá escutá-la. Aqui, entra o papel do adulto, neste caso concreto, a professora do Luís, que se aproxima, se interessa e compreende a urgência de agir, não já para reparar os danos causados, mas para que não se repitam.
Na verdade, a professora do Luís é o modelo que, certamente, todos gostaríamos de ver seguir por parte de todos os que são especialmente responsáveis pelo acompanhamento e a educação das crianças e dos jovens.
A escrita de Margarida Fonseca Santos é, desde o primeiro livro, pautada por um profundo sentido de humanidade. A sua sensibilidade – reconhecida já por muitos leitores, críticos e «colegas de ofício» – fá-la estar desperta para tudo o que vai minando a vida humana, vocacionada, afinal, para a felicidade. Por
As ilustrações de Sandra Serra – de tão expressivas – concorrem também, notavelmente, para sublinhar as emoções e os sentimentos que nele fervilham.
Permitam que vos convide a lê-lo e a divulgá-lo, juntos dos mais velhos e dos mais novos! Verão que esse gesto também dará os seus frutos! (Há muito que acredito que a semente que foi lançada tem sempre mais hipóteses do que aquela que ninguém semeou…).
Maria Teresa Maia Gonzalez
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