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O GAS quer que tenha umas férias Seguras e Felizes

O GAS quer que tenha umas férias Seguras e Felizes

Com a chegada do Verão, as pessoas preparam-se para passarem uns dias agradáveis de descanso, de relaxamento e de convívio familiar.
Todos sabemos que as crianças gostam de brincar com água , por isso  é nossa obrigação criarmos condições para que o faça em segurança; temos consciência que não há sistemas de protecção infalíveis, porque a criança consegue ser imprevisível nos seus comportamentos;  é importante que o adulto tenha tempo para detectar uma situação de perigo quando, por segundos,  a criança escapa à sua vigilância;  por exemplo,  uma medida simples e eficaz é erguer uma barreira física dificilmente transponível por uma criança com menos de 5 anos.

Sabia que :
  • Uma criança, quando cai à água não esbraceja nem grita … afoga-se em silêncio absoluto
  • Se as crianças tiverem o nariz e a boca submersos , ficam «sem reacção» e não sabem o que fazer
  • Os afogamentos são a causa de a causa de meio milhão de pessoas por ano, em todo o mundo?
  • Todos os anos, na Europa, mais crianças em acidentes do que por cancro ou doenças respiratórias …Segundo a UNICEF os afogamentos são a 2ª causa de morte ?
  • Portugal está entre os seis países com maior taxa de afogamento infantil, com cerca de 30 vítimas por ano, sendo a segunda maior causa de morte acidental nas crianças?
Segundo um relatório divulgado recentemente, é evidente que a nível mundial existe uma preocupação no que respeita aos afogamentos que não se restringe aos casos fatais e que contribuem para as estatísticas de mortalidade.
De acordo com um estudo Holandês, pode estimar-se que por cada criança que morre por afogamento, 140 ficam hospitalizadas por afogamento não fatal e 20 recorrem aos serviços de urgência (ECSA, 2006).
Os casos que resultam em hospitalização apresentam normalmente um prognóstico reservado, e nos casos em que sobrevivem, as crianças podem ficar com lesões neurológicas permanentes com impacto a diferentes níveis (saúde, sociais, económicos,...) influenciando a qualidade de vida da criança e sua família.
Nos Estados Unidos, foi estimado que os custos médicos referentes a vítimas de afogamento que recuperam rapidamente, são de 2,863.23 € podendo ir até 14,529.04€ nos casos em que as crianças sofrem lesões neurológicas graves (United States Consumer Product Safety Commission em ECSA, 2006).
Em Portugal, estes custos não são conhecidos. A morbilidade resultante dos afogamentos e o seu impacto na vida das crianças e das famílias também são pouco conhecidos. A verdadeira magnitude do problema ainda está por avaliar no nosso País.
Portugal ainda não possui um banco de dados relativos a este tipo de acidentes, situação que nos preocupa e que urge desencadear mecanismos que promovam o estudo e a respectiva divulgação destes dados.
O afogamento ocorre, muitas vezes, em ambientes familiares e acontece de forma rápida e silenciosa. I As partes mais pesadas do corpo da criança pequena são a cabeça e os membros superiores. Quando se inclinam para frente, perdem facilmente o equilíbrio e por isso facilmente se afogam, não podemos esquecer que não têm maturidade, nem experiência para sair de uma situação de emergência;  uma pequena distracção e o seu bebé  pode morrer afogado …
Imagine que está a dar um banho de banheira ao seu bebé… mas :
- Pecisa de ir buscar uma toalha … 10 segundos … a criança fica submersa na banheira
- O telefone toca … 2 minutos  … a criança fica submersa na banheira e … perde a consciência
- A campainha toca… 4 a 6 minutos …. A criança pode ficar com permanentes no cérebro.


O Grupo de Alerta para a Segurança recomenda:
  • Uma criança adora brincar com água, por isso atenção redobrada quando há água por perto.
  • Se está a dar banho a uma criança com menos de três anos, nunca a deixe sozinha … um segundo ao telemóvel e o afogamento é inevitável .
  • Esvaziar os baldes ou alguidares, depois de os utilizar .
  • Vede a sua piscina os tanques de rega e os lagos dos jardins .
  • Escolher praias e piscinas vigiadas .
  • Falar com o nadador salvador e informe-se sobre as precauções que deve tomar.
  • Cobrir adequadamente os poços.
  • Ensinar as crianças a nadar e a terem comportamentos seguros dentro de água .
  • As aulas de natação melhoram as competências … mas não confie plenamente.
  • Utilize auxiliares de flutuação bem ajustados ao corpo.
  • Nunca nadar sozinho.
  • Nadar paralelamente à margem
  • Nunca mergulhar de cabeça sem saber bem qual a profundidade da água ou se existem rochas ou desníveis no fundo; não mergulhe em pontões;
  • Nunca atrapalhar outras crianças com brincadeiras perigosas (submersão da cabeça, empurrões para a água...) .

Em 6 de Maio de 2009,a Alta Comissária para a Saúde apresentou um relatório sobre   ESTRATÉGIA PARA A PREVENÇÃO DOS ACIDENTES EM PORTUGAL . Este relatório de avaliação realça áreas de intervenção, nas quais podem ser introduzidas alterações em Portugal.
Relativamente à Segurança na água / prevenção de afogamentos , recomenda :
- Criar com urgência um enquadramento legal abrangente sobre piscinas
- Introduzir regulamentação sobre a colocação de vedações nas piscinas de utilização familiar
- Introduzir regulamentação sobre a utilização de auxiliares de flutuação pessoal / coletes de
salvamento quando se desenvolvem actividades na água
- Desenvolver orientações técnicas para o planeamento e programação de actividades aquáticas de lazer /recreio
- Introduzir uma vertente de educação sobre segurança em meio aquático, incluindo aulas de natação, como uma parte obrigatória do currículo escolar.

A segurança começa nos pequenos gestos do dia-a-dia e, por mais esforços que os Governos façam para melhorar a política de segurança não vai adiantar se as pessoas não se consciencializarem que a segurança começa nos pequenos gestos.
Segurança é uma questão de atitude e depende de cada um de nós …


Grupo Alerta para a Segurança Infantil


Comentários

  1. O Verão para ser agradável e divertido não pode ocorrer incidentes como os afogamentos.
    Como a galeria mostra Portugal tem em média 30 mortes por afogamento de crianças, parece pouco lido uma ou duas vezes, mas é demasiado alto, imaginem só 30 vidas desaparecidas, levadas pelos rios, pelos mares, por tudo que tenha água...
    Enquanto as crianças são muito pequenas é preciso que tomem conta delas, mas quando as crianças começam a ganhar alguma cosciência e alguma maturidade, quando já começam a ser um bocado independentes dos adultos, têm que começar a ter cuidado com os afogamentos, utilizando, se não souberem nadar, bracedeiras, boias e ter cuidado, principalmente, em nunca virar as costas para o mar.
    =)

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