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Pedro Miguel em Itália .

Pedi ao  Pedro Miguel que partilhasse  os dias que passou em Itália . A leitura deste texto da autoria do  nosso Grande Escritor leva-nos a viajar até Itália ...

A minha Viagem a  Itália

Era dia 6 de Julho de 2010. Estava em minha casa, em Lisboa, e tinha acabado de acordar. Era uma Terça-Feira especial; depois de, na véspera, ter realizado a viagem Viseu-Lisboa, iria agora para Itália, mais precisamente para a Sicília e para Roma! Muito entusiasmado, levantei-me, vesti-me, lavei os dentes e verifiquei a minha mala. Já preparado, esperei a chegada do táxi chamado pelo meu pai, que nos levaria ao Aeroporto da Portela. Aguardava-nos um movimento incessante de milhares de pessoas de inúmeras nacionalidades de partida ou a chegar a Portugal e um número inimaginável de malas.

A primeira tarefa era conseguir um carrinho para as malas e, logo a seguir, fazer o check-in. Ao contrário do que esperava e do que era habitual, não havia nenhuma fila e apenas tivemos de esperar alguns minutos pela abertura do balcão para pôr as nossas malas a caminho do porão (excepto, claro, a bagagem de mão). Seguiu-se a verificação da bagagem de mão no Raio X e a zona de lojas e restauração, onde comemos um almoço rápido; já estava na hora do embarque! Temendo chegar atrasados, tivemos, afinal, de ainda esperar um pouco para a abertura da porta de embarque. Torcemos para que este (o embarque) se realizasse de “manga” (pequeno túnel que liga a porta de embarque ao avião), mas acabou por acontecer de autocarro. Foi aí que tivemos uma surpresa:, além de nós, contámos cinco pessoas dentro do autocarro! Um avião de tamanho médio com apenas oito passageiros?! A minha mãe comentou até que poderia haver menos pessoas entre os passageiros do que na tripulação… isso acabou por se tornar agradável, já que dispúnhamos de muito espaço num avião tão grande quase vazio!

E, entre conversas e leituras, aterrámos no Aeroporto de Catânia, na Sicília (Itália tem o formato de uma bota a pontapear uma pedra, certo? Essa pedra é a Sicília!). Recolhemos a nossa bagagem e apanhámos um táxi para o nosso hotel. Passaríamos quatro dias na Sicília e três em Roma...

Chegados ao hotel, a primeira coisa a fazer foi mais um check-in. Só depois nos dirigimos para o quarto, acompanhados do bagageiro, para podermos tomar banho e descansar um pouco antes de jantar. Pelo que me lembro, penso que eram cinco ou seis horas da tarde em Itália.

No dia seguinte, com um carro alugado, fomos visitar a cidade de Taormina, mas não sem antes comprar alguma comida e meia dúzia de garrafas de água a um comerciante muito simpático, chamado Salvatore, que se tornou nosso amigo graças aos conhecimentos de italiano do meu pai. A loja ficava numa aldeia muito pequena próxima do hotel, que parecia não ver turistas há muito tempo. Lá, todos faziam a sesta à tarde; todos os dias, àquela hora, a aldeia parava…

Em Taormina, estacionámos o nosso carro e, antes de mais, procurámos um restaurante enquanto passeávamos pelas ruas estreitas, antigas e pitorescas da cidade. Acabámos por encontrar uma pisaria também ela muito pitoresca, que era uma espécie de retrato da cidade: ficava numa escadaria numa rua muito estreita e, em cada degrau, cabia uma mesa!

Logo após o almoço, continuámos a caminhar para comprar algumas recordações e visitar o Teatro Grego. Situado no alto de Taormina, e como o nome indica, é um teatro construído pelos gregos durante o seu domínio na Sicília. Além de ter importância histórica, o Teatro Grego oferece uma vista maravilhosa do Mar Mediterrâneo, do Vulcão Etna (este vulcão está ainda hoje em actividade e é o ponto mais alto de Itália a sul dos Alpes) e de Taormina.

E, finda a visita a Taormina, regressámos ao hotel, para descansar e recarregar baterias para o dia seguinte, enquanto nadávamos na piscina.

Depois de uma boa noite de sono, apanhámos o autocarro para a cidade de Siracusa, muito próxima do hotel. Foi precisamente em Siracusa que nasceu Arquimedes, famoso inventor, matemático e físico grego. Saindo do autocarro, passeámos pela cidade num “comboio com rodas”, como os que, por vezes, vemos em Viseu. Era uma cidade de tamanho médio, diferente de Taormina (muito mais pequena), mas também com muitos edifícios antigos e algumas árvores seculares. No seu famoso mercado, havia um pouco de tudo à venda, desde vestuário a peixe fresquíssimo. Um exemplo a seguir sobre a conservação dos mercados e feiras tradicionais e um ponto turístico obrigatório em Siracusa.

Logo após a visita matinal a Siracusa, entrámos novamente no nosso carro alugado e seguimos para a praia. Era uma praia pouco conhecida, localizada numa zona protegida e com poucos turistas. Uma praia maravilhosa, quase só por nossa conta, com as águas quentes do Mediterrâneo, compensou bem o dinheiro gasto no nosso livro sobre a Sicília.

E, entre banhos e leituras, as horas passaram e era altura de regressar ao hotel.

No dia seguinte, acordámos preparados para viajar até Roma de avião. Dirigimo-nos ao Aeroporto de Catânia muito entusiasmados para viver aquela que, na minha opinião, foi a melhor parte da viagem: a capital italiana.

À saída do aeroporto, assustámo-nos com a condução do taxista e dos outros condutores que, pelos vistos, era habitual naquela região. Chegados ao hotel, reparámos que este era um pouco antigo e clássico, e deliciámo-nos com a sua atmosfera.

No primeiro dia inteiramente em Roma, visitámos o imponente Coliseu, um monumento espectacular e uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno. A genial e avançada arquitectura romana fez com que o Coliseu chegasse aos nossos dias quase intacto, sobrevivendo a desastres naturais e catástrofes durante cerca de dois mil anos. Almoçámos, depois, numa verdadeira pisaria italiana perto do hotel. À tarde, interrompendo um pouco os passeios culturais, tivemos de fazer compras a um supermercado, para depois regressar ao hotel.

No nosso segundo dia em Roma, visitámos a Fontana di Trevi (em português, “Fonte de Trevos”), um outro monumento famoso de Roma. É a maior fonte barroca de Itália e é costume os turistas atirarem moedas para a água. Conta-se que quem atirar uma moeda à fonte e pedir um desejo, tê-lo-á realizado (diz-se, também, que quem o fizer voltará, um dia, a Roma) Grande parte dessas moedas são destinadas a organizações de caridade, portanto, não custa nada atirarem uma moeda, caso um dia viajem até Roma.

Tive muita pena em não poder ter visitado a Boca da Verdade. Trata-se de uma tampa de esgoto romana com uma face esculpida. Segundo a lenda, a sua boca fecha-se se alguém mentir com a mão lá dentro. Infelizmente, os três dias em Roma foram curtos demais e o terceiro reservava-se à viagem de regresso a Lisboa. Mas, se atirei algumas moedas à Fontana di Trevi, voltarei a Roma, portanto… fica para a próxima viagem!

Depois de uma viagem muito agradável, regressei a casa com muitos bons momentos vividos e umas férias inesquecíveis! E, claro, com muita vontade de responder ao novo desafio da Professora Olga… este texto! E foram estas as minhas férias.

Pedro Miguel Vaz Silva


Comentários

  1. Parabéns Pedro, grande texto, grande viagem.

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  2. Olá Pedro Miguel...espero que te tenhas divertido em Itália...
    O meu avô vem da sicilia por isso tbm o sou...mas não é de onde tu estiveste é do outro lado da ilha...
    Muitos Beijinhos *.*

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  3. Obrigado, Jacqueline, pelas tuas palavras e por participares sempre tão activamente no blogue... diz ao teu avô que a Sicília é muito bonita!

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  4. Olá Pedro Miguel.... espero que tenhas gostado de Itália e principalmente te tenhas divertido imenso.
    Obrigado por nos publicares um texto sobre a tua viajem

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  5. Olá Pedro, só queremos dar-te uma sugestão:
    -Da próxima vez que fores a Itália podemos ir na tua mala?

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