Estes Jovens Escritores inspiraram-se na Arte de Júlio Pomar e escreveram estes textos maravilhosos ...
Ricardo Gomes Clara nº 23 6º D
Biografia de Júlio Pomar
Pedro Afonso 6º E
" O Gadanheiro "
Pedro Tomás Soares Valério 6ºE
" O almoço do trolha "
Maria Clara Alvélos Nº 13 – 6ºE
“Pássaro”
Todos os anos, quando chegava o frio, as aves partiam para países quentes.
Telmo Jacinto 6º E
" O Gadanheiro "
Pedro Miguel Vaz Silva 6ºE
“O Almoço do Trolha "
Pedro Gabriel Vicente de Almeida 6ºE
" O Gadanheiro "
Ricardo Gomes Clara nº 23 6º D
Biografia de Júlio Pomar
Júlio Pomar nasceu em Lisboa em 1926 e sempre apreciou arte desde muito cedo.
Viveu na época do regime salazarista e pertenceu ao MUD (Movimento de Unidade Democrática) pois nunca aceitou colaborar com o regime do Estado Novo. Ele era contestatário do regime.
Chegou a ser preso durante quatro meses.
Em 1950 realiza uma exposição individual.
Viveu em Espanha, onde estudou as obras de Goya.
Em 1956 fundou com outros artistas a Gravura (Cooperativa de produção e divulgação de obras gráficas).
Até hoje continua a pintar e a expor individualmente as suas obras.
" O Gadanheiro "
Era uma vez um agricultor chamado João. Naquele dia cheio de sol João decide começar a plantar.
Há sete anos atrás tinha nascido uma pequena e radiante neta do João que se chamava Joana. Durante esses sete anos, João não plantou nada, pois o tempo era mau e ele feriu-se quando estava a cortar seara.
Decidiu então levar a Joana e mostrar-lhe como se planta uma horta e um campo de trigo. Ficaram ali toda a tarde, felizes por fazerem alimento.
Na vila onde João vivia todos tinham uma alcunha menos ele.
No dia seguinte, eram os anos do João e todos lhe queriam preparar uma surpresa : decidiram dar-lhe uma alcunha.
Ao chegar a hora marcada, fizeram a festa. Divertiram-se muito e o João recebeu a alcunha de Gadanheiro, pois significava para todos um homem feliz e altruísta e também o melhor de todos da vila a cortar seara.
" O almoço do trolha "
Um dia , Joaquim foi para o trabalho e recebeu uma má notícia : a fábrica onde trabalhava tinha ido à falência, o que significava ficar no desemprego.
Era ele que sustentava a família e sem emprego quem alimentaria a sua mulher e o seu filho recém-nascido?
De imediato, Joaquim pôs-se à procura de emprego, mas como tinha poucas habilitações não era aceite em lado nenhum...
Perante o desespero, Joaquim lembrou-se do seu amigo João, que tinha uma mercearia e foi pedir-lhe trabalho. Mas, não correu muito bem, porque ele não sabia fazer cálculos…
Voltou à estaca zero, o desespero do desemprego!
A solução foi ir trabalhar nas obras, como trolha.
O trabalho não era especializado, porque não se tinha preparado e o salário também não era nada de especial, mas sempre conseguia pagar as despesas.
Um dia, a mulher foi levar - lhe o almoço. Comeram massa com frango, sentados nuns tijolos e ela com a criança ao colo.
O Joaquim olhou para a mulher e para o filho e disse:
- Sei que não vos posso dar muito, mas tudo o que dou é com muito amor…
- Não preciso de muito, preciso do vosso amor e da vossa companhia. – respondeu a mulher.
Maria Clara Alvélos Nº 13 – 6ºE
“Pássaro”
Todos os anos, quando chegava o frio, as aves partiam para países quentes.
Davam voltas e voltas à procura do rumo, alinhadas e agitadas com as penas embandeiradas ao sabor dos ventos que provinham do mar.
Um dia, uma delas não conseguiu! Sentia-se triste e com saudade de uma criança que tinha deixado a brincar na praia . Assim, decidiu ficar! Rodopiou sobre ela própria e deixou-se cair. Assim! Depressa! Num ziguezaguear de quem sabe o que quer, de quem não segue por seguir, de quem acredita no sonho. Ficou com a criança da praia até ao tempo do calor, feliz, com vida.
Telmo Jacinto 6º E
" O Gadanheiro "
Numa pequena aldeia vivia um agricultor que era muito pobre, tão pobre que a única coisa que possuia era uma ceifeira e um saco com sementes de trigo.
Ele nunca tinha aberto o saco e plantado trigo, porque ninguém na sua aldeia queria comprar-lhe trigo.
Um dia, o agricultor resolveu plantar o trigo, cuidou dele muito bem para não o estragar, pois era a única coisa que tinha.
Passaram-se dias, semanas, meses e finalmente o trigo estava pronto a ser colhido. Quando o agricultor foi colher o trigo com a ceifeira ele não saia da terra. O agricultor teve de puxar com tanta força que quando o trigo saiu da terra a ceifeira do agricultor estava partida.
O agricultor ficou tão triste que nem reparou que o trigo era de ouro … quando se apercebeu, ficou muito feliz.
Finalmente ele podia ter uma vida melhor, graças ao trigo de ouro.
Pedro Miguel Vaz Silva 6ºE
“O Almoço do Trolha "
Era uma vez, há muitos anos, uma família muito pobre, da qual fazia parte um bebé recém-nascido. O seu pai era um operário, cujo salário não chegava sequer para comprar mais do que um pão duro para jantar e a sua mãe era uma antiga costureira, que, trocada pelas costureiras mais novas e mais rápidas, tinha perdido o emprego. Viviam clandestinamente num velho estábulo abandonado, dormindo na velha palha e partilhando a habitação com dezenas de aranhas e ratos. Os pais davam quase toda a comida que conseguiam arranjar ao bebé, a última esperança da família.
Um dia, o pai morreu, deixando a sua mulher e o seu filho, que tinha apenas alguns meses… a pobre mãe não conseguia esconder a sua tristeza, e, passada uma semana, também ela morreu, de tristeza e fome; tinha dado, durante aquela semana, toda a comida que ainda restava ao bebé. Tentou tudo para assegurar a sobrevivência e o crescimento do filho, mas toda a gente recusou ajudá-la. Agora, o bebé dormia sozinho no velho estábulo, inocente e ignorando todos os sérios problemas que se lhe deparavam. A mãe tinha-lhe deixado três pães e algumas raízes para comer, assim como um pequeno recipiente de barro que ela própria tinha feito, que continha um pouco de água. Tinha-lhe também feito, com os poucos meios de que dispunha, um pequeno boneco de barro, que a representava (à mãe). Todos os dias , o bebé agarrava-se ao boneco que representava a mãe, nunca o largando.
No entanto, inevitavelmente, teria de chegar o dia em que os mantimentos terminariam. E, nesse dia, a pequena criança chorou tão alto que se fez ouvir no coche da princesa do reino. Esta saiu imediatamente do coche, entrando no estábulo em ruínas, e, surpreendida, deparou--se com um menino pobremente vestido, que jazia num montinho de palha: tinha os olhos fechados e, agarrado à figura de barro da mãe, exibia um sorriso nos lábios. Apesar de tudo, ele tinha morrido feliz, e agora vive eternamente no Céu, com os seus pais. Tocada, a princesa, quando se tornou rainha, alterou completamente a lei do reino, oferecendo mais protecção a todas as crianças pobres.
Em 1989, em sua memória, as Nações Unidas adoptaram por unanimidade a Convenção dos Direitos da Criança, um documento que reconheceu inúmeros direitos que todas as crianças devem ter. Hoje em dia, se muitas crianças em todo o mundo têm esses direitos, também muitas crianças ainda não os têm. Devemos trabalhar em conjunto para que todas as crianças de todo o mundo tenham os mesmos direitos. E é para relembrar isso que, todos os anos, no dia 1 de Junho, se celebra o Dia da Criança.
Pedro Gabriel Vicente de Almeida 6ºE
" O Gadanheiro "
Era uma vez um homem que se chamava Alberto. Era um homem muito forte, alto, cheio de músculos e com umas pernas que se comparavam a árvores. Porém Alberto era pobre e desempregado. Vivia com a mulher numa casa insignificante que continha apenas uma casa de banho toda suja, um quarto muito pequeno, com uma cama coberta de farrapos e uma cozinha que quase não servia de nada, pois raramente havia comida. Computadores e televisões, “ Se os comprássemos, custavam-nos sete vidas”, dizia a mulher do Alberto, Rosa.
Ele tinha amigos, e grandes amigos, que o estavam sempre a ajudar. Encontravam-se no café onde os amigos de Alberto lhe pagavam pequeno-almoço, almoço e jantar quando estavam bem-dispostos. Era lá que Alberto e Rosa passavam a maior parte do tempo, a ver televisão. Os seus amigos estavam sempre a tentar arranjar um trabalho a Alberto, mas nunca chegavam a um acordo.
- Vai para bombeiro – dizia um – já viram aqueles músculos?
- Não – dizia outro – o trabalho ideal para ele é polícia. Não há ladrão que escape àquelas pernas.
E continuavam a discutir, sem chegar a uma conclusão.
Num dia, enquanto estava a fazer a sua caminhada, passou pela casa dos senhores mais ricos da cidade. Olhou para a sua casa, que era enorme, para o seu jardim e ficou muito impressionado, pois o jardim tinha muitas plantações de trigo, mas estavam todas secas. Continuou a caminhar, sem ligar importância. No caminho de volta, Alberto, estava a comer um pão que lhe tinham oferecido, quando passou pelo cão dum dos seus amigos, Joaquim. Este, ao ver o pão que Alberto tinha, começou a correr na direcção do homem. Alberto, ao notar nisso, começou a correr também. O cão estava pronto para dar uma dentada em Alberto, mas este viu uma vedação com um corte e, não pensando duas vezes, saltou lá para dentro. Não demorou muito a notar que estava naquele jardim com trigo seco. Também reparou numa gadanha que estava encostada à casa. Pensou um bocado e começou a arranjar aquela terra. Estava a anoitecer e decidiu parar quando o proprietário da casa e do terreno apareceu. Alberto ficou muito assustado, mas o senhor ficou bastante impressionado com o trabalho dele.
- Muito bem – disse – talvez queiras trabalhar aqui, como gadanheiro. Pago-te bem.
Alberto aceitou e foi todo contente para casa. Quando contou a Rosa, esta ficou felicíssima.
Passados alguns dias, Alberto regressou ao café para ver os seus amigos. Estes ao verem o seu amigo que se vestia com pedaços de tecidos rotos com um fato todo janota, ficaram de boca aberta.
- Mil macacos me mordam, Alberto – disse Joaquim – Quem te pôs assim?
- O teu cão, meu amigo – respondeu Alberto.
- O meu cão? – interrogou Joaquim, muito surpreendido – Porquê?
- Porque me deu o “empurrão” mais importante da minha vida.
E rindo-se, abandonou o café com Rosa, e viveram felizes para sempre.
Fantástico....só bons textos,parabéns!
ResponderEliminarParabéns! Os textos estão encantadores!
ResponderEliminarUm dia temos que escrever um livro em conjunto!
Os textos estão muito bons
ResponderEliminarAinda bem que a nossa galeria também tem a ajuda do 6ºD para a enriquecer. Parabéns a todos!
mutio bons textos ...
ResponderEliminarparabéns ao 6ºE e ao 6ºd
Muitos parabéns 6ºd e 6ºe Textos fantásticos !! :)
ResponderEliminarOs textos estão uma maravilha
ResponderEliminarMuito bem estes trabalhos
ResponderEliminarA nossa turma tem muita capacidade
Parabéns, a todos
ResponderEliminarQue grande combinação
ResponderEliminarhistórias lindas com desenhos lindos dá coisas extremamente lindas
Parabéns ao 6ºE e ao 6ºD mas não só, também temos que dar os parabéns ao grande e famoso Júlio Pomar!!! :)
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