Hoje em dia, um dos problemas das crianças dos países mais desenvolvidos é o vício das novas tecnologias, como o computador e a televisão. Sabes o que estes dois aparelhos com os quais costumas conviver podem provocar se forem utilizados em excesso? Lê estes dois textos e descobre!
Pedro Gabriel Almeida - 6ºE - Nº 19
Era uma vez um menino chamado André… que era totalmente viciado no computador. Quando acordava ligava a sua caixinha mágica e passados dois minutos já estava a jogar e a falar com os amigos ao mesmo tempo que se vestia e comia. Para o obrigar a sair era preciso dar um berro e puxá-lo por uma orelha até ao carro, para ir para a escola. Mesmo assim, o André jogava e trocava emails nos computadores da escola sem que as funcionárias da biblioteca reparassem. O computador era o seu companheiro, e era nele que o André escrevia aos amigos do facebook, do Messenger, do twitter e do hi5. Nunca tinha lido um livro que passasse das cinquenta páginas. O computador era a sua vida, o seu amigo, era tudo o que o André precisava.
Nunca tinha ido ao Zoo, porque achava que os animais da Amazonia.com eram melhores que os reais. Nunca tinha ido à quinta do avô ver os seus animais domésticos, porque achava que os da FarmVille eram suficientes para ele saber como são. Nunca tinha ido a um concerto, porque os tinha visto pelo youtube. Nunca tinha ido a uma feira medieval, porque achava que o Tribal Wars lhe mostrava como era a Idade Média. Não fazia nada ao ar livre, só passava os dias todos sentado diante do computador.
Até que um dia, começou a ver muito mal. Foi ao médico e este disse que o seu problema era o computador. A mãe, ao ouvir isto, tirou-lhe o computador. O André, do seu quarto, viu-o a ser levado por uma carrinha. O que ia fazer? Pegou num livro e foi até à última página. Olhou para o canto inferior direito e viu lá escrito: 234. Nunca iria conseguir ler o livro. Mas, como não tinha nada que fazer, abriu-o na primeira página e começou a ler. Quando já ia na página 7, pensou: “Isto nem é muito mau”. Olhou para a capa e viu o título: “O menino e o computador”. A partir daí, nunca mais falou com os seus amigos virtuais, nunca mais jogou os seus jogos preferidos. A partir daí, o André só vivia para os livros.
Pedro Miguel Vaz Silva - 6ºE- Nº20
Hoje em dia, muitas crianças sofrem desta doença, mais grave do que parece: a mania da televisão. É um problema presente sobretudo nos países mais desenvolvidos que dá origem a outros problemas; é como uma raiz que dá origem a muitas outras a ela ligadas, ou seja, um problema que dá origem a muitos outros problemas. Uma dessas crianças, o Fábio, aprendeu uma lição que nunca esquecerá, e que com certeza transmitirá aos seus filhos, netos e bisnetos e também a ti, que vives exposto a esta “doença”.
O Fábio, com dez anos, era, também ele, um rapaz com a mania da televisão. Em casa, mal falava com os familiares. Quando lhe propunham um jantar em família com o televisor desligado, recusava e respondia que ia ver uma série familiar. Na Noite das Bruxas, era costume os amigos organizarem uma festa, mas ele preferia ficar em casa para não perder o filme de terror. Quando, já desesperados, lhe perguntavam se queria ir à loja de brinquedos para comprar algo de que gostasse, a resposta era a mesma: não. Mais uma vez, o Fábio queria sentar-se em frente ao aparelho a assistir às televendas e aos anúncios. O seu brinquedo preferido era a televisão e tudo o que não era electrónico ganhava pó no sótão. O rapaz conhecia melhor os actores, apresentadores e jornalistas melhor do que a própria família. Já na escola, o seu comportamento não era muito diferente: achava que os testes eram concursos de cultura geral e delirava com os campeonatos de tabuada que a professora organizava. Passava as aulas de Ciências a deitar água misturada com sumo de laranja de uns recipientes para outros, e quanto mais estranhos eram, melhor. Queria inventar combustível ecológico barato, tal como os cientistas nos filmes no futuro, e adorava as aulas de História, chegando até a espreitar as gravuras na página seguinte nas partes mais emocionantes, mas apenas as gravuras; tudo o que tinha de ser lido não lhe interessava, a não ser que aparecesse na televisão. Até seria um aluno aplicado nessa disciplina se, quando chegasse a casa, não ficasse a ver televisão até os pais o terem de arrancar de novo do sofá para entrar no carro para o levar até à escola. Carro esse que, como é óbvio, tinha um leitor de DVD portátil. E se não fazia nada em casa, muito menos na escola. Os intervalos eram todos passados, sem excepção, com o olhar fixo no pequeno televisor do refeitório que também servia de bar. As auxiliares, preocupadas, ofereciam-lhe comida, que, como já era de prever, foi recusada.
-Não obrigado. – respondia, sem no entanto tirar os olhos da televisão – Estão a transmitir uma reportagem sobre os melhores restaurantes do país.
De facto, Fábio parecia estar com mais vontade de comer com os olhos os pratos daqueles restaurantes do que comida verdadeira com a boca. Normalmente, ou comia imenso por estar distraído, sem olhar para o prato, ou então não comia absolutamente nada. O seu prato preferido eram as pipocas, que comia a toda a hora e que ligava ao cinema, que aparentava ser mesmo a única razão que o fazia gostar. E não gostava das aulas de Educação Física porque não tinha milhares de pessoas a aplaudir as suas habilidades e porque nunca conseguia vencer os grandes torneios em que imaginava participar contra os colegas. Para ele, o único aspecto positivo na aula de Educação Física era ser o responsável pelo saco dos valores e poder fingir que os roubava aos colegas, imaginando um dos grandes assaltos dos quais ouvia falar no telejornal. Mas ficava desiludido quando olhava para dentro do saco e via relógios de plástico e pulseiras; nada de relógios de milhares de euros, nada de ouro, dinheiro. E sobretudo, nenhuma televisão portátil!
A sua fixação pela televisão era tão grande que, no seu aniversário, e na esperança de acabar com ela ou pelo menos reduzi-la, o pai tinha resolvido oferecer-lhe uma bicicleta muito cara e um livro. Mas de nada serviu; Fábio agradeceu imenso e logo de seguida trocou a bicicleta por uma televisão de último modelo, com um ecrã enorme e com alta definição de imagem. Era esse o presente ideal para ele. O pai, cada vez mais desesperado, tentava de tudo, mas sem sucesso. Os sermões da mãe não resultavam e a situação do Fábio era cada vez pior: era agora um jovem obeso, que já se tinha esquecido do prazer da leitura, pois não o fazia desde os sete anos, sempre cansado e sonolento e com dificuldades em socializar com as outras crianças. E para agravar ainda mais a situação, começou a ver cada vez pior; já nem os óculos serviam! As contas do oftalmologista, do oculista, do psicólogo e do nutricionista eram cada vez mais elevadas e já ninguém sabia o que fazer.
Um dia, o pai experimentou uma última tentativa desesperada e escondeu o cabo da televisão. Zangado, Fábio já se dirigia para o leitor de DVD portátil do carro quando o pai lhe barrou o caminho, fechando a porta à chave e dizendo que tinha de sair. Na verdade, ficou à espreita pela janela, e não tinha sido por acaso que deixara o filho sozinho no quarto, sem televisão e com brinquedos espalhados pela sala e um livro em cima da mesa. De início, Fábio pensou em dormir, mas como não conseguiu, pegou num carrinho de brincar, ainda zangado. Mas gostou e foi buscar mais ao sótão. Já com muitos brinquedos no chão, pôs-se a imaginar lindas histórias e contos. Passaram-se algumas horas, e à medida que imaginava histórias cada vez mais complexas e elaboradas, ia-se apercebendo que os brinquedos iam faltando, até que se lembrou de escrever uma história, mas uma história escrita. Mas quando já estava com o lápis pronto para escrever a primeira letra, lembrou-se de mais uma coisa: não tinha aprendido a ler! Triste, já se encaminhava para a cama, quando, de repente, se lembrou do livro que o pai lhe tinha oferecido. Folheou-o. E à medida que o folheava, deixava, aos poucos, de somente observar as imagens. E, algum tempo depois de ter aberto o livro, já conseguia ler! Então, apressou-se a escrever uma história. Quando os pais entraram, choraram de emoção, comovidos ao lerem a redacção. E, a pouco e pouco, o Fábio começou a brincar ao ar livre, a ler, a escrever, a conseguir fazer subir as notas e os problemas de saúde desapareciam. Nunca mais se lembrou da televisão.
Frederico Loureiro - 6ºE - Nº 6
As consolas, as Playstations, a Wii, os computadores são instrumentos usados por todas as crianças, adolescentes e até mesmo os adultos. Com eles, as pessoas divertem-se e aprendem.
São aparelhos com uma tecnologia muito avançada que permite passar por experiências que na realidade são impossíveis.
Assim, se por um lado é bom, precisamente pelas vivências passadas, pelos conteúdos diferentes que cada jogo tem (que aumenta o vocabulário, no caso das crianças), as regras que se têm que seguir, e pelo divertimento que se tem, por outro lado é prejudicial, pois estes aparelhos levam ao isolamento das pessoas; as alterações na visão, porque as pessoas estão muito tempo em frente do ecrã; a obesidade, pelo facto das pessoas se manterem muito tempo sentadas e fazerem pouco exercício físico e também por comerem comida não muito saudável para que não se demorem muito tempo e voltem ao jogo; à obstinação¬, ou seja, o não conseguir parar de jogar, com o objectivo de ultrapassar cada nível e ao mesmo tempo ser melhor que os outros.
Jogar com estas máquinas tornou-se num vício que, por vezes, é difícil de parar…
Beatriz Marques dos Santos - 6ºE - Nº4
João Pedro adorava tudo o que fosse relacionado com tecnologia.
Podemos mesmo afirmar: era completamente viciado!
Passava os dias a ver televisão, a jogar no computador ou até mesmo a carregar nas teclas do telemóvel.
De manhã, quando acordava, a primeira coisa que fazia era ver televisão.
Via o Rato Mickey, o Super-Homem, a avó Proença…etc. Tudo o que estivesse a dar até a mãe o chamar.
Só depois da mãe, já zangada, gritar com ele para ir para a escola, é que ele ia. No carro, tirava da algibeira o telemóvel, e começava a teclar durante todo o caminho.
Ao chegar à escola, tudo piorava!
João Pedro odiava a escola! Tudo lhe parecia muito real!
O Homem-Aranha não descia dos prédios mais altos por uma teia, a professora não tirava a máscara de vilã, os seguranças não eram parecidos com os dos Super Heróis e, no recreio, as crianças não se formavam em grupos de 4 e resolviam enigmas.
Quando chegava a casa depois da tortura, como lhe chamava, atirava a mochila para o chão e começava imediatamente a jogar.
À noite, em vez de estar com a família a jantar, comia em 5 minutos e corria para o quarto para ver televisão ou jogar computador.
Quando era hora de ir para a cama, levava o telemóvel e passava a noite a carregar nas teclas.
Certo dia, João Pedro, entre algumas horas de televisão ou computador, foi com a mãe a uma consulta de rotina.
Ao chegar ao consultório, o médico olha-o com um ar estranho e pergunta à mãe se sabe quanto é que o João Pedro pesa.
A mãe diz que não sabe ao certo, porque a balança estava avariada e pergunta se não o pode pesar naquele momento.
O médico leva o João Pedro e pesa-o. Os resultados não eram os melhores, o João Pedro estava a correr risco de excesso de peso por ver demasiada televisão, jogar computador e não praticar nenhum desporto.
Mas como quase todos os meninos, o João Pedro era muito teimoso, e não quis saber.
Passaram-se meses e o João Pedro continuava viciado no computador, no telemóvel e na televisão. A próxima consulta de rotina era no dia seguinte e o João Pedro continuava a cometer os mesmos erros.
No dia seguinte, o doutor volta a pesá-lo, e muito preocupado diz que o João Pedro está a tornar-se em mais um caso de obesidade infantil.
João Pedro nem quer acreditar e quando chega a casa, por iniciativa própria, desliga todas as fichas do computador, da televisão e arruma o telemóvel numa caixa.
A partir daquele dia, o João Pedro acabou com o seu vício!
Hoje, o João Pedro é um menino saudável que joga no computador, tem telemóvel, vê televisão mas sem ser em excesso. Para além disso, resolveu começar a praticar desporto… está muito mais elegante!
Gonçalo Carvalho - 6ºE - Nº7
Havia um rapaz viciado no computador, ele só saía do computador quando ia para a escola, mas era um bocado complicado tirá-lo de casa.
Ele mal acordava, ligava logo o computador, jogava um jogo em que era uma personagem criada por ele. Ele vestia-se enquanto a sua personagem se vestia, tomava o pequeno-almoço enquanto o boneco do computador comia uma torrada com um bocado de sumo a acompanhar. Se ele fazia alguma coisa o boneco do computador também fazia.
Na escola, ele dormia de olhos abertos, como estava tão habituado a fazer aquilo a sua professora já não dava conta.
Quando acabava a escola ele ia a correr para casa. Chegava a casa, ligava o computador e ia novamente para a jogatina. Chegada a hora de jantar, saía do computador, comia rápido e ia logo para o computador. Ele vivia no mundo virtual.
O computador quando se avariava, ele já via ao longe o seu problema.
Um dia, apanhou um vírus chamado “Time Bomb”. Ele ficou muito aflito, porque não sabia o que fazer. Nem o seu melhor antivírus resultou. A sua mãe pediu então a um técnico informático para o retirar, o técnico avisou que iria demorar uma semana.
Mas como ia ele “sobreviver” sem o seu computador?
Maria Clara Figueiredo -Nº 13 - 6ºE
O João era um maníaco da televisão. Passava os dias todo a ver televisão. De manhã, acordava e ligava-a, almoçava ligava-a, lanchava e via, jantava e esbugaçava os olhos à frente da televisão...
Um dia, ligou a televisão, como de costume e... zás !... a televisão sugou-o para dentro dela.
Olhou à sua volta e ficou assustado. O Rato Mickey estava ao seu lado! Nunca se tinha sentido tão feliz, mas achava muito estranho. Como é que de repente o Rato Mickey aparecia ao seu lado? Afinal era um episódio novo. Como é que isto seria possível? Só depois reparou que estava dentro da televisão. Saltou para o barco do Rato Mickey e pôs-se a caminho à descoberta de novos canais.
De seguida, avistou o metereologista do canal nove e saltou de nuvem em nuvem, de sol a sol, até que se sentiu fraco, mas não ligou e continuou o seu percurso.
De repente, deu conta que já estava no programa do Zig-zag da noite. Apressou-se, mas não conseguiu correr muito depressa, pois sentia-se cada vez mais cansado. Caminhou até ao programa do House e tomou um café e desafiou o House para um jogo de xadrez. Mas como é que um rapazinho tão novo estava a jogar xadrez? Foi à casa de banho e olhou-se ao espelho e... Aaaah! Estava com barba. Cada programa que encontrava mais velho ia ficando. Encontrou um programa de jogos de futeboll e estava a jogar o Benfica. Agarrou na bola e começou a jogar, mas não conseguiu marcar nenhum golo, pois estava muito velho para jogar futebol.
Chegou ao programa do National Geographic e escondeu-se numa árvore, pois não queria ser atacado por alguma chita. Mas foi avistado por um abutre. Estava muito velho, por isso era apreciado por abutres e não por chitas. Avistou outro canal, mas já não inha força para continuar estava mesmo muito velho e sentou-se numa pedra de um filme.
De repente, quando menos esperava e mais cansado estava, saiu da televisão para o sofá de um lar de idosos. Olhou para si próprio e viu que esava mais veho do que nunca. Passou a vida toda à frente de um ecrã e não aproveitou a vida. Estava mesmo triste e deprimido.
Começou a ouvir o seu nome repetindo-se e... Acordou!
Afinal era a mãe a chamá-lo. Tudo isto não passou de um sonho. Desesperado foi ver-se ao espelho e estava jovem .
Então, a partir desse dia nunca mais passou muito tempo a ver televisão, porque deu conta que tinha que aproveitar a vida ao máximo, em vez de estar especado num ecrã.
Pedro Gabriel Almeida - 6ºE - Nº 19
Era uma vez um menino chamado André… que era totalmente viciado no computador. Quando acordava ligava a sua caixinha mágica e passados dois minutos já estava a jogar e a falar com os amigos ao mesmo tempo que se vestia e comia. Para o obrigar a sair era preciso dar um berro e puxá-lo por uma orelha até ao carro, para ir para a escola. Mesmo assim, o André jogava e trocava emails nos computadores da escola sem que as funcionárias da biblioteca reparassem. O computador era o seu companheiro, e era nele que o André escrevia aos amigos do facebook, do Messenger, do twitter e do hi5. Nunca tinha lido um livro que passasse das cinquenta páginas. O computador era a sua vida, o seu amigo, era tudo o que o André precisava.
Nunca tinha ido ao Zoo, porque achava que os animais da Amazonia.com eram melhores que os reais. Nunca tinha ido à quinta do avô ver os seus animais domésticos, porque achava que os da FarmVille eram suficientes para ele saber como são. Nunca tinha ido a um concerto, porque os tinha visto pelo youtube. Nunca tinha ido a uma feira medieval, porque achava que o Tribal Wars lhe mostrava como era a Idade Média. Não fazia nada ao ar livre, só passava os dias todos sentado diante do computador.
Até que um dia, começou a ver muito mal. Foi ao médico e este disse que o seu problema era o computador. A mãe, ao ouvir isto, tirou-lhe o computador. O André, do seu quarto, viu-o a ser levado por uma carrinha. O que ia fazer? Pegou num livro e foi até à última página. Olhou para o canto inferior direito e viu lá escrito: 234. Nunca iria conseguir ler o livro. Mas, como não tinha nada que fazer, abriu-o na primeira página e começou a ler. Quando já ia na página 7, pensou: “Isto nem é muito mau”. Olhou para a capa e viu o título: “O menino e o computador”. A partir daí, nunca mais falou com os seus amigos virtuais, nunca mais jogou os seus jogos preferidos. A partir daí, o André só vivia para os livros.
Pedro Miguel Vaz Silva - 6ºE- Nº20
Hoje em dia, muitas crianças sofrem desta doença, mais grave do que parece: a mania da televisão. É um problema presente sobretudo nos países mais desenvolvidos que dá origem a outros problemas; é como uma raiz que dá origem a muitas outras a ela ligadas, ou seja, um problema que dá origem a muitos outros problemas. Uma dessas crianças, o Fábio, aprendeu uma lição que nunca esquecerá, e que com certeza transmitirá aos seus filhos, netos e bisnetos e também a ti, que vives exposto a esta “doença”.
O Fábio, com dez anos, era, também ele, um rapaz com a mania da televisão. Em casa, mal falava com os familiares. Quando lhe propunham um jantar em família com o televisor desligado, recusava e respondia que ia ver uma série familiar. Na Noite das Bruxas, era costume os amigos organizarem uma festa, mas ele preferia ficar em casa para não perder o filme de terror. Quando, já desesperados, lhe perguntavam se queria ir à loja de brinquedos para comprar algo de que gostasse, a resposta era a mesma: não. Mais uma vez, o Fábio queria sentar-se em frente ao aparelho a assistir às televendas e aos anúncios. O seu brinquedo preferido era a televisão e tudo o que não era electrónico ganhava pó no sótão. O rapaz conhecia melhor os actores, apresentadores e jornalistas melhor do que a própria família. Já na escola, o seu comportamento não era muito diferente: achava que os testes eram concursos de cultura geral e delirava com os campeonatos de tabuada que a professora organizava. Passava as aulas de Ciências a deitar água misturada com sumo de laranja de uns recipientes para outros, e quanto mais estranhos eram, melhor. Queria inventar combustível ecológico barato, tal como os cientistas nos filmes no futuro, e adorava as aulas de História, chegando até a espreitar as gravuras na página seguinte nas partes mais emocionantes, mas apenas as gravuras; tudo o que tinha de ser lido não lhe interessava, a não ser que aparecesse na televisão. Até seria um aluno aplicado nessa disciplina se, quando chegasse a casa, não ficasse a ver televisão até os pais o terem de arrancar de novo do sofá para entrar no carro para o levar até à escola. Carro esse que, como é óbvio, tinha um leitor de DVD portátil. E se não fazia nada em casa, muito menos na escola. Os intervalos eram todos passados, sem excepção, com o olhar fixo no pequeno televisor do refeitório que também servia de bar. As auxiliares, preocupadas, ofereciam-lhe comida, que, como já era de prever, foi recusada.
-Não obrigado. – respondia, sem no entanto tirar os olhos da televisão – Estão a transmitir uma reportagem sobre os melhores restaurantes do país.
De facto, Fábio parecia estar com mais vontade de comer com os olhos os pratos daqueles restaurantes do que comida verdadeira com a boca. Normalmente, ou comia imenso por estar distraído, sem olhar para o prato, ou então não comia absolutamente nada. O seu prato preferido eram as pipocas, que comia a toda a hora e que ligava ao cinema, que aparentava ser mesmo a única razão que o fazia gostar. E não gostava das aulas de Educação Física porque não tinha milhares de pessoas a aplaudir as suas habilidades e porque nunca conseguia vencer os grandes torneios em que imaginava participar contra os colegas. Para ele, o único aspecto positivo na aula de Educação Física era ser o responsável pelo saco dos valores e poder fingir que os roubava aos colegas, imaginando um dos grandes assaltos dos quais ouvia falar no telejornal. Mas ficava desiludido quando olhava para dentro do saco e via relógios de plástico e pulseiras; nada de relógios de milhares de euros, nada de ouro, dinheiro. E sobretudo, nenhuma televisão portátil!
A sua fixação pela televisão era tão grande que, no seu aniversário, e na esperança de acabar com ela ou pelo menos reduzi-la, o pai tinha resolvido oferecer-lhe uma bicicleta muito cara e um livro. Mas de nada serviu; Fábio agradeceu imenso e logo de seguida trocou a bicicleta por uma televisão de último modelo, com um ecrã enorme e com alta definição de imagem. Era esse o presente ideal para ele. O pai, cada vez mais desesperado, tentava de tudo, mas sem sucesso. Os sermões da mãe não resultavam e a situação do Fábio era cada vez pior: era agora um jovem obeso, que já se tinha esquecido do prazer da leitura, pois não o fazia desde os sete anos, sempre cansado e sonolento e com dificuldades em socializar com as outras crianças. E para agravar ainda mais a situação, começou a ver cada vez pior; já nem os óculos serviam! As contas do oftalmologista, do oculista, do psicólogo e do nutricionista eram cada vez mais elevadas e já ninguém sabia o que fazer.
Um dia, o pai experimentou uma última tentativa desesperada e escondeu o cabo da televisão. Zangado, Fábio já se dirigia para o leitor de DVD portátil do carro quando o pai lhe barrou o caminho, fechando a porta à chave e dizendo que tinha de sair. Na verdade, ficou à espreita pela janela, e não tinha sido por acaso que deixara o filho sozinho no quarto, sem televisão e com brinquedos espalhados pela sala e um livro em cima da mesa. De início, Fábio pensou em dormir, mas como não conseguiu, pegou num carrinho de brincar, ainda zangado. Mas gostou e foi buscar mais ao sótão. Já com muitos brinquedos no chão, pôs-se a imaginar lindas histórias e contos. Passaram-se algumas horas, e à medida que imaginava histórias cada vez mais complexas e elaboradas, ia-se apercebendo que os brinquedos iam faltando, até que se lembrou de escrever uma história, mas uma história escrita. Mas quando já estava com o lápis pronto para escrever a primeira letra, lembrou-se de mais uma coisa: não tinha aprendido a ler! Triste, já se encaminhava para a cama, quando, de repente, se lembrou do livro que o pai lhe tinha oferecido. Folheou-o. E à medida que o folheava, deixava, aos poucos, de somente observar as imagens. E, algum tempo depois de ter aberto o livro, já conseguia ler! Então, apressou-se a escrever uma história. Quando os pais entraram, choraram de emoção, comovidos ao lerem a redacção. E, a pouco e pouco, o Fábio começou a brincar ao ar livre, a ler, a escrever, a conseguir fazer subir as notas e os problemas de saúde desapareciam. Nunca mais se lembrou da televisão.
Frederico Loureiro - 6ºE - Nº 6
As consolas, as Playstations, a Wii, os computadores são instrumentos usados por todas as crianças, adolescentes e até mesmo os adultos. Com eles, as pessoas divertem-se e aprendem.
São aparelhos com uma tecnologia muito avançada que permite passar por experiências que na realidade são impossíveis.
Assim, se por um lado é bom, precisamente pelas vivências passadas, pelos conteúdos diferentes que cada jogo tem (que aumenta o vocabulário, no caso das crianças), as regras que se têm que seguir, e pelo divertimento que se tem, por outro lado é prejudicial, pois estes aparelhos levam ao isolamento das pessoas; as alterações na visão, porque as pessoas estão muito tempo em frente do ecrã; a obesidade, pelo facto das pessoas se manterem muito tempo sentadas e fazerem pouco exercício físico e também por comerem comida não muito saudável para que não se demorem muito tempo e voltem ao jogo; à obstinação¬, ou seja, o não conseguir parar de jogar, com o objectivo de ultrapassar cada nível e ao mesmo tempo ser melhor que os outros.
Jogar com estas máquinas tornou-se num vício que, por vezes, é difícil de parar…
Beatriz Marques dos Santos - 6ºE - Nº4
João Pedro adorava tudo o que fosse relacionado com tecnologia.
Podemos mesmo afirmar: era completamente viciado!
Passava os dias a ver televisão, a jogar no computador ou até mesmo a carregar nas teclas do telemóvel.
De manhã, quando acordava, a primeira coisa que fazia era ver televisão.
Via o Rato Mickey, o Super-Homem, a avó Proença…etc. Tudo o que estivesse a dar até a mãe o chamar.
Só depois da mãe, já zangada, gritar com ele para ir para a escola, é que ele ia. No carro, tirava da algibeira o telemóvel, e começava a teclar durante todo o caminho.
Ao chegar à escola, tudo piorava!
João Pedro odiava a escola! Tudo lhe parecia muito real!
O Homem-Aranha não descia dos prédios mais altos por uma teia, a professora não tirava a máscara de vilã, os seguranças não eram parecidos com os dos Super Heróis e, no recreio, as crianças não se formavam em grupos de 4 e resolviam enigmas.
Quando chegava a casa depois da tortura, como lhe chamava, atirava a mochila para o chão e começava imediatamente a jogar.
À noite, em vez de estar com a família a jantar, comia em 5 minutos e corria para o quarto para ver televisão ou jogar computador.
Quando era hora de ir para a cama, levava o telemóvel e passava a noite a carregar nas teclas.
Certo dia, João Pedro, entre algumas horas de televisão ou computador, foi com a mãe a uma consulta de rotina.
Ao chegar ao consultório, o médico olha-o com um ar estranho e pergunta à mãe se sabe quanto é que o João Pedro pesa.
A mãe diz que não sabe ao certo, porque a balança estava avariada e pergunta se não o pode pesar naquele momento.
O médico leva o João Pedro e pesa-o. Os resultados não eram os melhores, o João Pedro estava a correr risco de excesso de peso por ver demasiada televisão, jogar computador e não praticar nenhum desporto.
Mas como quase todos os meninos, o João Pedro era muito teimoso, e não quis saber.
Passaram-se meses e o João Pedro continuava viciado no computador, no telemóvel e na televisão. A próxima consulta de rotina era no dia seguinte e o João Pedro continuava a cometer os mesmos erros.
No dia seguinte, o doutor volta a pesá-lo, e muito preocupado diz que o João Pedro está a tornar-se em mais um caso de obesidade infantil.
João Pedro nem quer acreditar e quando chega a casa, por iniciativa própria, desliga todas as fichas do computador, da televisão e arruma o telemóvel numa caixa.
A partir daquele dia, o João Pedro acabou com o seu vício!
Hoje, o João Pedro é um menino saudável que joga no computador, tem telemóvel, vê televisão mas sem ser em excesso. Para além disso, resolveu começar a praticar desporto… está muito mais elegante!
Gonçalo Carvalho - 6ºE - Nº7
Havia um rapaz viciado no computador, ele só saía do computador quando ia para a escola, mas era um bocado complicado tirá-lo de casa.
Ele mal acordava, ligava logo o computador, jogava um jogo em que era uma personagem criada por ele. Ele vestia-se enquanto a sua personagem se vestia, tomava o pequeno-almoço enquanto o boneco do computador comia uma torrada com um bocado de sumo a acompanhar. Se ele fazia alguma coisa o boneco do computador também fazia.
Na escola, ele dormia de olhos abertos, como estava tão habituado a fazer aquilo a sua professora já não dava conta.
Quando acabava a escola ele ia a correr para casa. Chegava a casa, ligava o computador e ia novamente para a jogatina. Chegada a hora de jantar, saía do computador, comia rápido e ia logo para o computador. Ele vivia no mundo virtual.
O computador quando se avariava, ele já via ao longe o seu problema.
Um dia, apanhou um vírus chamado “Time Bomb”. Ele ficou muito aflito, porque não sabia o que fazer. Nem o seu melhor antivírus resultou. A sua mãe pediu então a um técnico informático para o retirar, o técnico avisou que iria demorar uma semana.
Mas como ia ele “sobreviver” sem o seu computador?
Maria Clara Figueiredo -Nº 13 - 6ºE
O João era um maníaco da televisão. Passava os dias todo a ver televisão. De manhã, acordava e ligava-a, almoçava ligava-a, lanchava e via, jantava e esbugaçava os olhos à frente da televisão...
Um dia, ligou a televisão, como de costume e... zás !... a televisão sugou-o para dentro dela.
Olhou à sua volta e ficou assustado. O Rato Mickey estava ao seu lado! Nunca se tinha sentido tão feliz, mas achava muito estranho. Como é que de repente o Rato Mickey aparecia ao seu lado? Afinal era um episódio novo. Como é que isto seria possível? Só depois reparou que estava dentro da televisão. Saltou para o barco do Rato Mickey e pôs-se a caminho à descoberta de novos canais.
De seguida, avistou o metereologista do canal nove e saltou de nuvem em nuvem, de sol a sol, até que se sentiu fraco, mas não ligou e continuou o seu percurso.
De repente, deu conta que já estava no programa do Zig-zag da noite. Apressou-se, mas não conseguiu correr muito depressa, pois sentia-se cada vez mais cansado. Caminhou até ao programa do House e tomou um café e desafiou o House para um jogo de xadrez. Mas como é que um rapazinho tão novo estava a jogar xadrez? Foi à casa de banho e olhou-se ao espelho e... Aaaah! Estava com barba. Cada programa que encontrava mais velho ia ficando. Encontrou um programa de jogos de futeboll e estava a jogar o Benfica. Agarrou na bola e começou a jogar, mas não conseguiu marcar nenhum golo, pois estava muito velho para jogar futebol.
Chegou ao programa do National Geographic e escondeu-se numa árvore, pois não queria ser atacado por alguma chita. Mas foi avistado por um abutre. Estava muito velho, por isso era apreciado por abutres e não por chitas. Avistou outro canal, mas já não inha força para continuar estava mesmo muito velho e sentou-se numa pedra de um filme.
De repente, quando menos esperava e mais cansado estava, saiu da televisão para o sofá de um lar de idosos. Olhou para si próprio e viu que esava mais veho do que nunca. Passou a vida toda à frente de um ecrã e não aproveitou a vida. Estava mesmo triste e deprimido.
Começou a ouvir o seu nome repetindo-se e... Acordou!
Afinal era a mãe a chamá-lo. Tudo isto não passou de um sonho. Desesperado foi ver-se ao espelho e estava jovem .
Então, a partir desse dia nunca mais passou muito tempo a ver televisão, porque deu conta que tinha que aproveitar a vida ao máximo, em vez de estar especado num ecrã.
Mais uma vez os textos estão fantásticos,6ºE sempre em grande!!!
ResponderEliminarContinuem assim....
Bjs Jacqueline
Viva ao 6ºE.
ResponderEliminarViva à prof. Olga.
Viva ao Pedro Miguel e
Viva a mim
O telemóvel, o computador, a televisão, as consolas e outros equipamentos tecnológicos são invenções maravilhosas, que devemos usar, aproveitar e valorizar. Mas devemos fazê-lo moderadamente e com cuidado, pois pode tornar-se um vício com muitas consequências para a nossa saúde.
ResponderEliminaro blog está em alta, parbéns a todos os textos
ResponderEliminarViva ao 6º E!!
As manias das tecnologias estão cada vez mais na moda, mas também com um blogue tão bom como é que nos podemos largar ao computador?
ResponderEliminarsem a tecnologia o nosso mundo não seria o mesmo...
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